sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

A igreja cristã e seus votos Nazistas


 
        Durante o domínio de Hitler sobre o coração e o território alemão, onde estava a igreja? Os ensinamentos impostos a Hitler sobre a ''semelhança de Deus'' e o apoio político cristão ao Partido Nazista, ajudando a fazer do Reichkanzler do Terceiro Reich um ''Soldado do Senhor''.




        Quando criança, como consta no Mein Kampf, tornar-se sacerdote era a aspiração mais elevada de Hitler. Recebia lições de canto no coro paroquial de Lambach e logo depois conheceu o padre Adolf Joseph Lanz, defensor da raça ariana, que o ensinou que o ariano é “a maravilha do Criador”, o ser mais semelhante à imagem de Deus.
        Hitler acreditava que “a missão da conservação e do progresso de uma raça superior escolhida por Deus é que deve ser vista como a mais elevada” (Citado em Mein Kampf). Logo então sua obsessão pela raça ariana teve início, e ganhou forte apoio tanto da igreja Católica como da Protestante.
 
        Após o prestígio do Partido Nazista nas votações de janeiro de 1933, Hitler disse em discurso que seu governo restabeleceria a unidade de espírito e de vontade do povo alemão, protegendo a família, célula constitutiva do povo e do organismo estatal, mantendo o cristianismo. Em contradição, nove anos antes (1924), Hitler definiu o cristianismo, em seu Mein Kampf, como o ''primeiro terror espiritual''.

        Para que o Partido Nazista obtivesse essa vitória, o núncio papal em Berlim, Eugênio Maria Giuseppe Giovanni Pacelli (futuro Papa Pio XII, que mais tarde ficou conhecido como o Papa de Hitler), forçou o Partido Católico a votar em Hitler e logo em seguida patrocinou uma política que apoiava ao fascismo na Itália e ao nazismo na Alemanha, com o objetivo de cumprir a profecia da Senhora de Fátima, em relação à Rússia (tal profecia previa o fim da 1ª Guerra Mundial, o começo da 2ª, e o mais importante: o flagelo que seria imposto ao mundo pela Rússia [“… os erros dela se espalhariam pelo mundo inteiro, causando guerras e perseguições…”] e a sua futura conversão ao cristianismo), pois o fascismo e o nazismo, juntos, poriam um fim ao comunismo.


        Em 1927 surgiu um movimento protestante chamado de Deutsche Cristen (Cristãos Alemães), com o objetivo de contextualizar a igreja e popularizar o cristianismo na Alemanha. Mas logo que Hitler subiu ao poder, em 1933, a Igreja Evangélica Alemã se aliou ao Partido Nazista. 
        Assim que chegou ao poder, Hitler criou uma política especial chamada de Geheime Staatspolizei (polícia secreta do Estado), ou GESTAPO.
         Dentro de três anos, a Gestapo possuía a liberdade para interrogatórios especiais aos quais deveriam ser submetidos os poloneses, comunistas, russos, marxistas, terroristas, agentes de ligação, sabotadores, marginais, trabalhadores insubordinados, vagabundos e Estudiosos da Bíblia. 

A Gestapo nasceu para esmagar a oposição a Adolf Hitler e logo se transformou na peça central do terror nazista.   
Foi o órgão responsável por pôr em prática a Solução Final, que culminou com a morte de 6.271.600 judeus, 500 mil ciganos e 635 Testemunhas de Jeová. Muitas destas Testemunhas traiçoeiramente denunciadas pelos líderes das Testemunhas de Jeová na Alemanha, Erich Frost e Fritz Winkler. (Revista Der Spiegel, 19 de Julho de 1961)

        Em 1933, após uma invasão nazista à sede das Testemunhas de Jeová em Magdebug, o então presidente mundial das Testemunhas de Jeová, J. F. Rutherford, enviou uma Declaração de Fatos para Hitler, procurando ganhar sua simpatia, onde afirmou que apoiava sinceramente os princípios do Partido Nazista, constando também que os Estudantes da Bíblia (nome dado às Testemunhas de Jeová) estavam lutando pelos mesmos objetivos e ideais elevados e éticos proclamados por Hitler.
''Não existem pontos de vista conflitantes… mas antes, pelo contrário, no que diz respeito aos objetivos puramente religiosos e apolíticos… estes estão em harmonia completa com… o Governo Nacional do Reich alemão.” (Penton, M. James, “A Story of Attempted Compromise: Jehovah’s Witnesses, Anti-Semitism, and the Third Reich.” 1990)
        Era claro que as Testemunhas de Jeová não acreditavam no nazismo (a ideologia), mas após essa declaração se tornaram tão responsáveis quanto as demais igrejas cristãs.

        Enquanto isso, na Igreja Evangélica Alemã, “(…) as suásticas compartilhavam do altar ao lado da cruz, e os cristãos seculares viram Hitler como um profeta para restaurar o cristianismo e a religiosidade do povo alemão. Os cânticos cristãos faziam referências ao 'Chanceler que vela pela Alemanha, noite e dia, sempre a pensar em nós'. Um dos líderes do movimento, Dr. Reinhold Krause, propôs a eliminação do Antigo Testamento, da moral judaica e a exclusão dos ensinos do rabino Paulo do Novo Testamento, pois não estavam de acordo com os novos padrões culturais e políticos da época. No entanto, um dos opositores ao nazismo e ao movimento iniciado pela Igreja Evangélica Alemã, pastor Dietrich Bonhoeffer, antes de ser enforcado, exortou as igrejas à não se renderem aos ídolos do mundo moderno“. (A Igreja e a sua missão, Rio de Janeiro/Rio de Janeiro. CPAD.)

Celebração do Bispo Konrad Graf von Preysing em Berlim. 8 de setembro de 1935.
 Bandeiras do Vaticano e do Partido Nazista.

        Relatos mostram o apoio das igrejas cristãs ao Partido Nazista. Konrad Franke, uma Testemunha de Jeová alemã, “… Eu tive o privilégio de viajar com o Irmão Albert Wandres de Wiesbaden para Berlim… mas ficamos chocados quando chegamos ao Tennis Hall [a sede da Watchtower em Magdeburg] na manhã seguinte… Quando entramos, vimos o hall enfeitado com bandeiras Suásticas!… quando a reunião começou, foi precedida por uma canção que nós já não cantávamos há muitos anos… as notas eram da melodia de ‘Deutschland, Deutschland, über alles”! ["Alemanha, Alemanha, sobre tudo."] Era o hino nacional alemão. (Penton, M. James. A story attempted compromise.)

        Contra isso, em 1937, o italiano Achille Ratti (então Papa Pio XI) acusou o Hitler de agressivo neopaganismo na encíclica “Mit brennender sorge” e condenou o comunismo em “Divini Redemptoris”, protestando no ano seguinte contra o fascismo. Porém, dois anos depois, em 1939, iniciou-se a Segunda Guerra Mundial. Papa Pio XI morreu e Eugênio Pacelli tornou-se o Papa Pio XII, que, em 1940, passou a encorajar os católicos a se juntarem aos exércitos nazistas contra os russos.

        Em 1941 quando Moscou foi cercada pelos nazistas, Pio XII pediu aos católicos que rezassem para que brevemente se cumprisse a promessa da Senhora de Fátima. Em 1942, quando Hitler declarou ter vencido a Rússia, Pio XII resolveu consagrar o mundo inteiro ao Imaculado Coração de Maria. Mas isso não foi o suficiente para acabar com o comunismo, por isso em 1949, o Papa Pio XII publicou uma proclamação histórica declarando que os católicos, se apoiassem o comunismo, receberiam a excomunhão.

        O jornalista e escritor argentino Jorge Camarasa, no livro Odessa ao Sul, afirma que os criminosos nazistas tiveram ajuda da Igreja Católica para fugir após a 2ª Guerra Mundial. Somente para Argentina foram 40 mil nazistas e 150 criminosos de guerra. Segundo Camarasa os nazistas “foram alojados em monastérios. (…) A igreja [católica] colaborou na fuga de criminosos de guerra porque tinha cumplicidade ideológica com os nazistas. Estava preocupada com um eventual avanço comunista em todo o mundo.”  (Livro conta refúgio nazista na Argentina. Jornal Folha de São Paulo. São Paulo/SP. 24 de setembro de 1995)



segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Heil Hitler




        Ou 'Salve Hitler' foi, juntamente com a suástica, o símbolo do Partido Nazista. Servia como uma saudação durante o governo do Fürher do Terceiro Reich, demonstrando adoração e lealdade do povo alemão a Hitler. A primeira vez em que foi usada, foi pelo ministro da propaganda da Alemanha Nazista, Joseph Goebbels. 
        É uma variação da saudação romana Sieg Heil ("Salve a Vitória")  e à expressão é atribuída o número 88 pois H é a oitava letra do alfabeto, formando 88 as letras HH, ou Heil Hitler.

        A forma simples, geralmente usada quando pessoas se cumprimentavam, consistia em uma continência enquanto a mão direita era levantada, com a pronunciação de 'Heil Hitler'.
        A mais complexa, usada enquanto Hitler estava presente (como, por exemplo, durante seus comícios) consistia na mesma continência com o braço partindo da testa e formando cerca de 45º na horizontal, com a pronúncia de 'Sieg Heil!, Heil Hitler!, Heil mein Führer!' (Salve a vitória!, Salve Hitler!, Salve o meu líder!).

        Hitler frequentemente usava a saudação. 
        O seu uso foi proibido por lei na Alemanha e na Áustria desde o fim da segunda guerra mundial. A saudação é usada atualmente por grupos neonazistas.
        Durante a guerra, os Aliados usaram a saudação de formas satíricas.

Partido Nazista =/= Nazismo


        Sim, há diferença. Apesar de pequena, durante a Alemanha Nazista era obrigatório saber a diferença.

        O Partido Nazista foi o Partido Nacional Socialista Alemão dos Trabalhadores (Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei - NSDAP), um partido político levado ao poder por Adolf Hitler em 1933 quando eleito líder do Terceiro Reich alemão.
        O NSDAP foi a única força política na Alemanha Nazista depois da queda da República de Weimar, até o fim da Segunda Guerra Mundial, quando foi declarado ilegal e seus líderes presos e julgados por crimes contra a humanidade nos Julgamentos de Nuremberg. A suástica e a saudação à Hitler eram seus símbolos e hoje em dia estão profundamente ligados ao Nazismo e se tornaram proibidos. Portanto, se você pensa em desenhar uma suástica na porta do quarto e sair pela rua gritando 'Heil Hitler' e batendo continência, desista.

        Nazismo ou nacional-socialismo era a ideologia praticada pelo Partido Nazista e adotada pelo governo da Alemanha desde a ascensão até a queda de Adolf Hitler. O holocausto, por exemplo, foi um ato nazista, liderado pelo Partido Nazista.

* A palavra Nazi (No português de Portugal. Nazista, no português brasileiro) provém de Nationalsozialistische. Em Alemão, o 't' se pronuncia como 'z'.

Reich


        Reich é o nome que se dá a um certo período de governo absoluto na Alemanha.

   Primeiro Reich: Período em que a Alemanha foi governada pelo Sacro Império Romano Germânico;

   Segundo Reich: Período em que o Império Alemão comandava a Alemanha;

   Terceiro Reich: Período em que, nas mãos do Fürher Adolf Hitler e do Partido Nacional Socialista Alemão dos Trabalhadores, a Alemanha se tornou a Alemanha Nazista.

* Se referir ao Führer alemão (que durante o Terceiro Reich foi Adolf Hitler) como Reich não é completamente errado, sendo assim chamado em várias ocasiões, mas também não é literalmente correto, visto que Reich é o império, e não o governante.